IOL Implantes aposta na valorização do capital humano como saída para a crise

Empresa priorizou a saúde de seus funcionários com a chegada da pandemia

 

O ambiente de incertezas que atingiu o setor industrial durante a pandemia da Covid-19 obrigou diversos empresários a repensar suas estratégias de negócios e produção. Diante deste cenário, ante aos cuidados necessários para preservar vidas e a necessidade de continuar crescendo, a IOL Implantes decidiu valorizar o seu próprio capital humano. A engrenagem que sustentou o processo de inovação desta empresa ao longo da pandemia foi justamente o tratamento aos seus funcionários, contemplados com campanhas para a conscientização sobre a importância dos cuidados especiais, tanto no ambiente de trabalho, quanto fora dele.

 

Fundada em 1992, a empresa, atualmente sob o comando Paulo Wincheski e Sérgio Prete, atua na fabricação de linhas completas de implantes ortopédicos. Desde a inauguração da sua sede em Diadema – SP, hoje com mais de 2.000 m², a IOL Implantes se baseia no uso de alta tecnologia e conhecimento técnico apurado para oferecer o que existe de melhor e mais atualizado no mercado de implantes ortopédicos. Porém, a chegada do coronavírus ao Brasil trouxe algumas dificuldades e a necessidade de segurar o orçamento.

Segundo Paulo J. Wincheski, CEO da empresa, em razãodas características da Covid-19, foram feitas campanhas de conscientização a respeito dos cuidados que um momento de pandemia requeria.“Tivemos algumas dificuldades no processo de transição para o regime de home office, uma vez que os setores comercial e administrativo foi realocado, mas os funcionários da indústria não puderam parar. Ao analisar este cenário, entendemos que o primeiro impacto sofrido pela IOL envolveu a questão das vendas, com perda de faturamento e acendemos um sinal amarelo por causa dos investimentos”.

Após quase três décadas de um trabalho eficiente e inovador, durante o auge da pandemia, foi preciso apertar o cinto. Apesar dos retrocessos em um primeiro momento, a empresa conseguiu promover o aprimoramentodo setor para superar as expectativas dos clientes e as demandas dos pacientes. Após o arrefecimento dos casos de Covid-19 no Brasil e com o avanço da vacinação em massa, foi possível vislumbrar possibilidades e caminhos para o futuro. “Continuamos acreditando no potencial do mercado brasileiro, seguindo o nosso PPI - Plano de Prioridade de Investimento -, buscando uma maior eficiência em todos os processos dentro da IOL, com investimento pesado em tecnologia e no capital humano”, afirmou o executivo. 

Apesar da retomada econômica da IOL Implantes, que chegou aos patamares de venda pré-pandêmicos, a crise que paira sobre a atividade industrial no Brasil é grave e o fortalecimento do setor é dificultado pelos entraves burocráticos existentes no Brasil. “Não temos uma política industrial forte, com regras claras e incentivos para o desenvolvimento de novas tecnologias. O ambiente de incerteza jurídica cria barreiras aos novos investimentos, o que impede a expansão mais acentuada da indústria”, assinalou Wincheski.

Alinhado com um discurso reformista, Paulo J. Wincheski disse que o Brasil precisa acelerar seu processo de desburocratização do Estado.

Paulo J. Wincheski
Paulo J. Wincheski
CEO da IOL Implantes

“As reformas administrativa, tributária e política têm um papel fundamental no desenvolvimento da indústria no Brasil. Enquanto essas reformas não forem feitas, começando-se pela administrativa, onde o legislativo não deveria privilegiar os cerca de 10 milhões de servidores públicos em detrimento dos mais de 200 milhões de brasileiros, seguiremos com um Estado inchado e ineficiente, o qual pouco contribuirá para fomentar a indústria no Brasil.”

 

Ao concluir suas considerações sobre o futuro industrial no Brasil, Paulo J. Wincheski disse que o atraso na reforma tributária confunde empresas e ameaça investimentos, “pois as empresas precisam saber quais regras valerão para os impostos em 2022”. Ele defendeu como prioridade neste momento a reforma tributária, “pois a simplificação do recolhimento dos tributos, sem aumento de carga tributária, é condição primária para uma boa gestão industrial”.