Hilab: tecnologia diagnóstica que democratiza o acesso à saúde

Empresa, que apoia os cuidados com a saúde dos povos indígenas, foi a primeira a realizar o exame rápido para a identificação da covid-19

Fundada pelos empreendedores Marcus Figueredo e Sérgio Rogal, respectivamente chefe executivo (CEO) e chefe técnico (CTO), a Hilab é uma das principais healthtechs do Brasil. A empresa tem como propósito reinventar a tecnologia diagnóstica, criando soluções que ajudem a democratizar o acesso à saúde com exames laboratoriais remotos e outras soluções que alcancem todos os cantos do país e do mundo.

Todo o sólido trabalho construído ao longo de quase duas décadas teve o ápice durante a pandemia. A Hilab foi o primeiro laboratório brasileiro a realizar o exame rápido para a identificação do vírus da Covid-19. Realizou, também, uma parceria com o Instituto Butantan para diversos projetos sobre controle e triagem epidemiológica do Coronavírus no País e, em 2021, lançou o Hilab Molecular, utilizado para a realização do exame de PCR-LAMP (exame que detecta o material genético do vírus) com resultado em apenas 40 minutos.

“Além do nosso exame  para a detecção do Coronavírus e a criação de um equipamento para a realização de exames moleculares em minutos, fizemos várias ações junto ao Ministério da Defesa e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), para assistência aos povos indígenas brasileiros. Realizamos também ações de testagem de saúde no sertão do Piauí e na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro”, exemplifica Marcus Figueredo.

 


Histórico de inovação


A empresa surgiu em 2004, inicialmente com o nome Hi Technologies. Durante estágio em um laboratório de faculdade, os seus fundadores conheceram a telemedicina e logo deram os primeiros passos nesse nicho da saúde, com a criação de um sistema chamado Rede OpenVida, que permitia aos médicos monitorar os pacientes a distância. 

A partir de 2009, ainda com uma equipe de 11 colaboradores, a Hilab criou o Milli, o primeiro oxímetro de pulso humanizado do mundo. O equipamento, hoje em dia, é distribuído pela Medtronic, líder global em tecnologia médica, e é considerado mundialmente como um dos mais avançados.

Em 2016, a empresa foi a única da América Latina reconhecida pela ONU por criar tecnologias capazes de levar o planeta a cumprir os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Outro ponto de destaque na trajetória foi o serviço laboratorial Hilab, lançado em 2017, que possibilita a qualquer pessoa um exame de sangue com apenas algumas gotas de sangue da ponta do dedo. Em até 20 minutos, o paciente recebe o laudo assinado por profissionais da saúde do laboratório de análises clínicas Hilab e também verificado por inteligência artificial, pronto para levar ao médico.


Crescimento constante


Na contramão do mercado, a Hilab cresceu rapidamente durante a pandemia e teve que acelerar o processo de contratação de pessoas, atingindo mais de 450 colaboradores e um time multidisciplinar com alcance em diversas áreas. Para 2022, o planejamento é investir ainda mais na expansão, com o desenvolvimento do exame de hemograma em 10 minutos e apostando no fortalecimento da internacionalização em Portugal e no Reino Unido.
 
“A nossa empresa sempre teve como foco a modernidade e a democratização do acesso à saúde e está em constante evolução. O nosso carro-chefe é uma inovadora plataforma de exames laboratoriais remotos que usa inteligência artificial para acelerar o diagnóstico médico, mas vamos ampliar nosso portfólio para abranger ainda mais protocolos de atendimento clínico”, explica Marcus Figueredo 


Falta de incentivo


Já consolidada com as conquistas gradativas e com o trabalho desenvolvido ao longo da pandemia, a Hilab não perde o senso crítico do mercado, que ainda não apresenta um cenário favorável com as políticas adotadas no Brasil para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Marcus Figueredo
Marcus Figueredo
CEO da Hilab

“Apesar do nosso crescimento, sentimos falta da valorização da tecnologia e da indústria local. Hoje ainda se olha para Israel e Estados Unidos como grandes exportadores de tecnologia médica, mas o Brasil tem uma história longa de inovação e recentemente tem tido mais investimento estrangeiro em tecnologia local e o crescimento das healthtechs no Brasil promete reverter esta tendência”, concluiu Marcus Figueredo.