A Dorja, fundada em 1978, nasceu como prestadora de serviços na área hospitalar. Sempre em evolução no mercado brasileiro, atualmente é fabricante das marcas Medicate, Diasyst e Gowllands. Com sede em Itu, no interior do estado de São Paulo, a Dorja inova, desenvolve e conta com tecnologia alinhada aos padrões internacionais, incluindo certificações ISO e INMETRO.
A marca Medicate se destaca por uma ampla e completa linha de produtos desenvolvidos com tecnologia e qualidade, incluindo inaladores nebulizadores, aspiradores cirúrgicos, espaçadores e outros produtos de saúde voltados para uso hospitalar e residencial.
Tempo de organizar a casa
Quando a pandemia chegou ao país, e com ela as medidas de isolamento social para reduzir a contaminação pelo coronavírus, a fábrica da Medicate passou por uma série de adaptações para manter a produção e, ao mesmo tempo, cuidar da segurança de seus funcionários para evitar o contágio. “As adaptações foram feitas logo no início, em março, e ao longo dos meses foram sendo aperfeiçoadas”, conta Jamir Dagir Junior, diretor Comercial da Dorja.
O grande desafio foi a adaptação da unidade fabril: placas de acrílico para criar nichos individuais na produção, esterilização de bancadas a cada duas horas e maior distância entre elas, higienização de equipamentos e produtos finalizados. “A pandemia está deixando vários aprendizados e isso inclui, além da higienização total, novas regras de produção e de execução das linhas”, relata o executivo.
Entre as medidas estavam, ainda, a medição de temperatura dos funcionários na entrada de cada turno, divisão dos turnos de almoço em quatro horários, e a adoção do home office para a área Comercial.
As dificuldades e o que vem este ano
Dagir acredita que não há um plano de apoio ao setor industrial da Saúde no país, nem apoio do governo.
“Nossa política tributária e fiscal parece que joga contra e não temos apoio do governo nem crédito fiscal. No caso dos inaladores, nebulizadores e espaçadores, por exemplo, foi a indústria nacional que se uniu para suprir a demanda, brigando por componentes importados. Nossa empresa trabalhou em três turnos, sete dias por semana, para atender as demandas solicitadas pelos órgãos governamentais, lutando contra o tempo, com falta de materiais e insumos e sem apoio financeiro por parte dos bancos.”
Para este ano, o diretor Comercial da Dorja acredita, com ressalvas, que o início da vacinação em todo o país vai permitir o retorno às atividades normais. “Acho que vamos enfrentar anos difíceis pela frente, devido a falta de recursos, de insumos, além de setores operando somente com 30%, 40%, 50% da capacidade. Porém, continuamos apostando no desenvolvimento do país e, mesmo com esse cenário, vamos lançar três novos produtos este ano”, finaliza.