Eleita em 2017 uma das empresas de tecnologia em saúde para o impacto social mais promissoras do mundo pela Singularity University, a brain4care foi fundada após uma década de pesquisas do físico Sérgio Mascarenhas. E para a invenção da empresa – tecnologia que permite medir a expansão craniana de modo não invasivo e correlacioná-la com as alterações de volume e pressão intracranianos, abrindo o caminho para a criação de um novo sinal vital neurológico – se tornar um produto de mercado, os desafios foram enormes. “Precisamos de um ecossistema de inovação no Brasil por meio da implementação de políticas públicas focadas em inovação e educação de base científica”, ressalta o CEO da brain4care, Plínio Targa.
“O primeiro passo para transformar ciência em negócio é fazer o setor privado ser uma porta de saída para o que é estudado na academia. Depois, é preciso que alguém do mercado entenda a pesquisa e estruture o negócio. Há também o desafio de conseguir financiamento com retorno de longo prazo”, avalia o vice-presidente de Knowledge, Management and Research da empresa nos Estados Unidos, Carlos Bremer. Por fim, também é preciso provar o valor da invenção para o mercado.
Com base na própria saga, a brain4care resolveu assumir o papel de criar um ambiente que torne ciência em negócio.
“Aprendemos a colocar o óleo para a engrenagem funcionar. Por isso, queremos ajudar compartilhando o conhecimento que adquirimos com a nossa jornada”