Com o objetivo de transformar momentos em experiências, a AGPMED é uma empresa de produtos médico-hospitalares voltada, especialmente, à saúde infantil. Quando foi fundada, há 25 anos no Rio de Janeiro, atendia às demandas da indústria farmacêutica. Com o passar do tempo, foi abrindo novas frentes e hoje atende também às necessidades de outros mercados, como o hospitalar, de consultórios médicos e de saúde animal.
Apesar do tempo de atuação e experiência, a AGPMED também sofreu com a pandemia de covid-19. Com a falta de atendimento médico nos consultórios, a empresa viu suas vendas despencarem, chegando perto de zerar. Para mudar esse cenário, apostou no desenvolvimento de novos produtos e soluções e, com isso, se diferenciou da concorrência.
Líder de mercado B2B no segmento de abaixadores de língua especiais e espaçadores para inalação no Brasil, a empresa aproveitou o período para desenvolver a primeira linha de abaixadores biodegradáveis do planeta, o Tic-Tong Bio. Este produto foi lançado com duas apresentações, o Bio regular e o Bio Amazônia, que representa personagens das nossas florestas. A linha ainda conta com aroma e com sabor, mas é totalmente feita sem látex, BPA e açúcar, além de ser 100% reciclável.
A empresa também desenvolveu uma seringa que promete revolucionar a forma que os bebês e as crianças lavam o nariz. Batizado de Nose Wash, o dispositivo para lavagem nasal é lúdico e seguro para usar em casa, fazendo com que o pequeno paciente possa ter uma experiência diferente da que está habituado.
Mas não foi apenas o portfólio da empresa que sofreu alterações durante a crise do novo coronavírus. A AGPMED também realizou ações internas como revisão orçamentária, renegociação de contrato e a reorganização das áreas e da parte produtiva. “Para poder atender melhor e com mais agilidade, precisamos fazer uma série de reavaliações em nossa estrutura, sem repassar este custo para os clientes", revela Gustavo Reis, Business Manager.
O executivo ainda conta que o maior desafio das indústrias brasileiras atualmente é a falta de incentivos governamentais, mesmo em um país que tem grande capacidade criativa na área de inovação e gente talentosa no mercado de trabalho. Para mudar esse cenário, o diretor propõe que haja mudança “de cima para baixo”. Para ele, precisamos de estímulos governamentais e ações concretas, como desburocratização e diminuição de custos no Brasil para que as empresas cresçam.
“Pensar na teia burocrática e, em especial, na teia tributária, é assustador e desestimula os empreendedores. Fora que há uma forte competitividade com produtos internacionais, principalmente os chineses. Isso faz com que um ambiente que já é complexo e desestimulado, se torne ainda mais frágil em competitividade”, comenta.
Ele afirma que é preciso, também, trabalhar a mudança de cultura, mostrando aos consumidores brasileiros que os produtos nacionais têm uma qualidade excelente. Prova disso é que a empresa exporta para mais de 10 países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. No Brasil, os produtos AGPMED são totalmente aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA).
Mesmo com os desafios, a perspectiva para o futuro da empresa - que está em crescimento -, é excelente. A produção foi ampliada para três turnos, o número de funcionários triplicou e a capacidade de expedição diária aumentou quatro vezes. Esse movimento resultou num crescimento de 50% da empresa, que segue atuando estrategicamente para o desenvolvimento constante.
"Para poder atender melhor e com mais agilidade, precisamos fazer uma série de reavaliações em nossa estrutura, sem repassar este custo para os clientes".